quinta-feira, 9 de outubro de 2008

TEXTO 1

Aluna: Juliana Barboza – turma: 606.

Naquela noite escura e chuvosa, eu e as múmias dormimos no museu. Você, leitor, deve estar se perguntando como isso aconteceu e quem seria o idiota que dormiria em um museu: eu. Mas não foi bem porque eu quis. ESQUECERAM DE MIM LÁ. Mas, votando à história: eu estava andando pelo museu escuro e assustador quando ouço um barulho: Na ponta dos pés, fui ver o que era. Vi uma coisa se mexendo. Cheguei mais perto e vi que sua sombra era gigante, preta e feia. Quando olhei para baixo era... uma barata.

- Uma barata? Eu vim aqui por causa de uma barata? Barata idiota...

E acabei matando-a.

Mas, quando olhei para trás, vi que a noite, de repente, tinha ficado mais interessante.

-Ah, uma múmia!

(Pelo menos eu acho que o nome daqueles homens enfaixados é esse).

-O que houve, querida? Se assustou? – ela me perguntou.

- Se eu me assustei? Imagina! Do nada aparece uma múmia na minha frente... isso é super normal! – falei, botando o coração para fora.

- Está bem, mas se você quiser eu te dou a minha cama... – ela falou.

- Não, obrigada, eu me viro! Além do mais, já devo estar dormindo – falei, dando as costas para ela e indo para outra sala.

- Ai, ai! Aqui posso dormir calmamente...

Estava me acomodando quando, de repente, vem um DINOSSAURO.

- Buá! – ele chorou.

(Não sabia que dinossauros choravam).

- Que foi agora?

Ele fez ceninha:

- Estou sem um osso! Buáááá!!!

- Não acredito que você está chorando por causa de UM osso! – falei – tem tanta gente com prótese.

- É, mas eu sou um animal histórico.

- E daí? –foi o que eu disse – ninguém se importa com os dinossauros, eles não existem mais!

- Por isso mesmo! Somos coisa de museu. Históricos. – ele insistiu.

- Meu Deus, devo estar sonhando! Estou discutindo se um dinossauro é ou não é histórico com o próprio! – falei, botando a mão no coração.

- Má, você é muito má! – choramingou.

E saiu correndo.

- Será que agora posso dormir? – me perguntei.

Na mesma hora, me respondi:

- Não!

É que o crânio da Luzia veio quicando na minha frente.

- Oi – ela falou.

- Tchau! – respondi, dando as costas.

- Não me dê as costas, sou mais velha do que você! – ela resmungou.

- Ô, se é! Oitenta mil anos mais velha... – respondi.

- Olha o respeito! – resmungou mais uma vez.

- Ta parecendo minha avó: ela mora em Juiz de Fora e você foi encontrada lá; ela é negra e você também; ela se chama Luzia e você também; você é resmungona e ela também; olha só as coincidências... – falei, rindo.

- Vou embora, pois não dá para ficar ouvindo isso!

E saiu quicando.

- Ainda bem que ela foi embora! Agora vou dormir.

- Cocoricocó! – um galo cantou.

- Ai, não, o galo cantou... – reclamei – isso quer dizer que não foi tudo um sonho...

Desci. Abriram o museu e fui embora. Hoje, agora, neste momento, eu estou contando a história para você e para meus colegas.

Acredite se quiser, mas realmente aconteceu. E não foi um sonho... até gostaria que fosse. E, se fosse um sonho, teria sido tão bom! Melhor do que ter acontecido de verdade.

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